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Writer's pictureMoira Toledo

"É preciso ser antirracista." Estudemos.

Esses três primeiros livros são muito esclarecedores para uma iniciação na cultura antirracista. Especialmente para conhecer um pouco mais sobre os complexos desafios da mulher negra, que é usualmente duplamente discriminada: sofre racismo no movimento feminista; e machismo no movimento antirracista. 

"Memórias da Plantação", de Grada Kilomba  A Grada é uma intelectual portuguesa que fez pós graduação na Alemanha e no livro relata sua experiência como mulher negra nesse contexto. É muito impactante, especialmente a percepção sobre o constante desrespeito que ela sofria, mesmo de pessoas que acreditavam estar tomando atitudes antirracistas; e de como a erotização da mulher negra é tão constante como a percepção de que seriam mais agressivas do que as mulheres brancas.

"Quem tem medo do feminismo negro" e "O que é lugar de fala?", de Djamila Ribeiro


Djamila, nesses livros, aborda algumas das questões colocadas acima, sobre o feminismo negro. E organiza melhor a ideia de lugar de fala - muito criticada por ser percebida socialmente como uma espécie de censura - explicando a importância e potência da expressão no contexto da urgência por uma diversificação de discursos e pontos de vista. Afinal até


hoje tanto na cultura como na mídia temos, predominantemente, discursos de homens brancos heterossexuais e ricos.


Djamila é hoje é hoje, possivelmente, a mais conhecida expoente do feminismo negro e da luta antirracista no Brasil. Assina uma coluna semanal na folha, participa de debates na televisão e internet e, enfim, tem um papel fundamental nessa luta.



"Marrom e Amarelo", de Paulo Scott Nesse livro sensacional (e super debatido no ano passado), o autor apresenta uma narrativa algo distópica a partir dos conflitos entre dois irmãos: um tem a pele mais escura, e é sempre percebido como negro; o outro, que tem a pele um pouco mais clara, se percebe como negro mas não sofre tanto preconceito quanto o irmão. É uma reflexão sobre o colorismo, a ideia de quanto mais escura a pele de uma pessoa negra, mais racismo ela sofre e menos oportunidades tem.

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